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Foto do escritorClarissa Winter

Livros para ler de uma vez só!

Atualizado: 30 de mar. de 2020


Foto: Kimberly Farmer/Unsplash

Hoje, separei uma lista de livros curtinhos, que podem ser lidos de uma vez só. Essa é uma daquelas listas para quem quer ler o maior número possível de obras durante essa quarentena ou para quem quer criar o hábito da leitura começando por livros menores.


Para comprar qualquer um dos livros, é só clicar nas imagens ;)


Imagem: Divulgação/Bertrand Brasil

1. O velho e o mar - Ernest Hemingway

Sinopse: Depois de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Esta é a história de um homem que convive com a solidão, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida. Com um enredo tenso que prende o leitor na ponta da linha, Hemingway escreveu uma das mais belas obras da literatura contemporânea. Uma história dotada de profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a que a vida o submete.




 
Imagem: Divulgação/Suma de Letras

2. O Vilarejo - Raphael Montes

Sinopse: Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome. As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.




 
Imagem: Divulgação/Globo Livros

3. E não sobrou nenhum - Agatha Christie

Sinopse: Uma ilha misteriosa, um poema infantil, dez soldadinhos de porcelana e muito suspense são os ingredientes com que Agatha Christie constrói seu romance mais importante. Na ilha do Soldado, antiga propriedade de um milionário norte-americano, dez pessoas sem nenhuma ligação aparente são confrontadas por uma voz misteriosa com fatos marcantes de seus passados. Convidados pelo misterioso mr. Owen, nenhum dos presentes tem muita certeza de por que estão ali, a despeito de conjecturas pouco convincentes que os leva a crer que passariam um agradável período de descanso em mordomia. Entretanto, já na primeira noite, o mistério e o suspense se abatem sobre eles e, num instante, todos são suspeitos, todos são vítimas e todos são culpados. É neste clima de tensão e desconforto que as mortes inexplicáveis começam e, sem comunicação com o continente devido a uma forte tempestade, a estadia transforma-se em um pesadelo. Todos se perguntam: quem é o misterioso anfitrião, mr. Owen? Existe mais alguém na ilha? O assassino pode ser um dos convidados? Que mente ardilosa teria preparado um crime tão complexo? E, sobretudo, por quê? São essas e outras perguntas que o leitor será desafiado a resolver neste fabuloso romance de Agatha Christie, que envolve os espíritos mais perspicazes num complexo emaranhado de situações, lembranças e acusações na busca deste sagaz assassino. Medo, confinamento e angústia: que o leitor descubra por si mesmo porque E não sobrou nenhum foi eleito o melhor romance policial de todos os tempos.

 
Imagem: Divulgação/Biblioteca Azul

4. Fahrenheit 451 - Ray Bradbury

Sinopse: Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia. A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes. O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos. Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.

 
Imagem: Divulgação/Grupo Editorial Record

5. Crônica de uma morte anunciada - Gabriel García Márquez

Sinopse: A morte de Santiago Nasar está anunciada desde a primeira linha da história. Toda a comunidade sabe do iminente assassinato movido por vingança, mas nada nem ninguém o salva de seu trágico fim. Com brilhantismo, Gabriel García Márquez monta um quebra-cabeça com a superposição de versões do último dia do jovem do ponto de vista de diversas testemunhas, utilizando o rigor jornalístico nesta construção, que lhe era tão caro.











 
Imagem: Divulgação/Companhia das Letras

6. História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar - Luis Sepúlveda

Sinopse: Luis Sepúlveda, chileno, autor de diversas obras de sucesso, um dia prometeu aos filhos escrever uma história sobre o mal que nós, humanos, fazemos ao nosso ambiente, prejudicando a natureza e a nós mesmos. Assim nasceu este livro, que conta as aventuras de Zorbas, um gato "grande, preto e gordo", cujo elevado senso de honra faz com que se comprometa a criar um filhote de gaivota. Kengah, uma bonita gaivota, é pega por uma mancha de petróleo no mar do Norte quando mergulha atrás de um cardume. Com a vida comprometida, ela ainda consegue voar até Hamburgo a tempo de botar um ovo, que deixa aos cuidados de Zorbas, pouco antes de morrer. Zorbas é um gato de palavra e cumprirá suas promessas: cuidar do ovo, criar o filhote e o ensinar a voar. Os amigos de Zorbas - Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello - o ajudarão numa missão que não é tão fácil quanto parece, menos ainda para uma turma de gatos mais acostumados a enfrentar a vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a servir de pais para um filhotinho de gaivota.

 
Imagem: Divulgaçao/Companhia das Letras

7. As intermitências da morte - José Saramago

Sinopse: "Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto", escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura. Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. E foi nela que o primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel da Literatura buscou o material para seu novo romance, As intermitências da morte. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder "passar desta para melhor". Os empresários do serviço funerário se vêem "brutalmente desprovidos da sua matéria-prima". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque "sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja". Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna? Ao fim e ao cabo, a própria morte é o personagem principal desta "ainda que certa, inverídica história sobre as intermitências da morte". É o que basta para Saramago, misturando o bom humor e a amargura, tratar da vida e da condição humana.

 
Imagem: Divulgação/Antofagica Editora

8. O Alienista - Machado de Assis

Sinopse: Com quantos doidos se faz uma cidadezinha? É o que está prestes a investigar o ilustre Dr. Simão Bacamarte, renomado médico com estudos no exterior, que funda na vila de Itaguaí a Casa Verde, instituto onde pretende estudar e tratar todos os que sofrem de transtornos mentais.Todo tipo de gente é enviado aos cuidados do doutor, que passa também a enxergar em seus vizinhos e conhecidos o perigoso traço da loucura.

Obstinado e fatalmente fiel à ciência, o médico não permitirá que nada – nem a população, nem o Estado, nem o senso comum – impeça sua nobre investigação sobre a razão humana.

Publicada pela primeira vez em 1882, esta novela curta e sagaz foi uma das obras mais impactantes de Machado de Assis, um marco de sua voz questionadora e irônica e de sua visão tão certeira sobre questões inerentemente humanas.

A edição da Antofágica traz 37 ilustrações de um dos maiores expoentes da arte no Brasil, Candido Portinari, que chegam pela primeira vez ao grande público.

Complementando o texto de Machado de Assis, o livro traz também notas inéditas e posfácio de Rogério Fernandes dos Santos, especialista na obra machadiana, um posfácio da professora Daniela Lima e apresentação de Luisa Clasen, do canal Lully de Verdade.

 
Imagem: Divulgação/L&PM Editora

9. Cinco minutos - José de Alencar

Sinopse: Cinco minutos' foi publicado em folhetim pelo Diário do Rio de Janeiro e mais tarde reunido em livro. Está localizado entre os romances urbanos de José de Alencar e descrevem de maneira precisa o dia-a-dia, as aflições e os preconceitos da classe média brasileira em meados do século XIX. É também um testemunho do Rio de Janeiro da época, seus bairros e sua geografia.

















 
Imagem: Divulgação/LeYa

10. Meus desacontecimentos - Eliane Brum

Sinopse: De quantos nascimentos e mortes se constitui uma vida? De quantos partos uma pessoa precisa para nascer? Com quantas palavras se faz um corpo? A menina que flertava com a morte conta como foi salva pela palavra escrita. Em cada página, personagens fantasticamente reais incorporam-se: a irmã morta, que era a mais viva entre todos; a avó, comedida em tudo, menos na imaginação; a família que precisou de uma perna fantasma para andar no novo mundo; as tias que viravam flores para não murchar. Como repórter e escritora, Eliane sempre questionou a forma como cada um inventa uma vida e cria sentido para seus dias. Em Meus desacontecimentos, conta como ela mesma se arrancou do silêncio para virar narrativa. Neste itinerário de dentro para dentro, a autora percorre-se com delicadeza, mas sem pudor. Oferece-se ao leitor nua. Quase em sacrifício.


 

Agora me conta aqui em baixo, você já leu algum desses livros? O que você achou dele(s)?

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