Resenha: Doce Perdão
Atualizado: 4 de jun. de 2020
"Perdoar é libertar um prisioneiro e descobrir que o prisioneiro era você." - Lewis B. Smedes
Olá queridos leitores, essa é uma indicação que com toda certeza irão amar.
Editora: Verus
Ano: 2015
Páginas: 322
Autora: Lori Nelson Spielman
Resenha: “Você nunca vai construir um futuro enquanto não se reconciliar com o passado.”
Hannah Farr é uma apresentadora de TV famosa de New Orleans e namorada de Michael Payne, o prefeito da cidade. Como todos os famosos que gostam de se privar dos falatórios, mantém sua vida reservada a todos os fãs. Mas sua vida secreta está prestes a mudar, tudo graças – ou não – à nova mania do momento criado por Fiona Knowles – sua inimiga da época da escola: as Pedras do Perdão.
Fiona Knowles em algum momento de sua vida adulta decidiu que não aguentava mais viver com a culpa de todo o mal que fez a pessoas que passaram por ela e criou um movimento de perdão. Inicialmente, escreveu 35 cartas para pessoas específicas do seu passado.
“Em cada uma delas, enviou uma bolsinha contendo duas pedras, que receberam o nome de Pedras do Perdão. Ao destinatário, foram feitos dois pedidos simples: perdoar e pedir perdão.”
Se a pessoa devolver a pedra de volta significa que ela foi perdoada e que o ciclo continuou. Uma das pessoas era Hannah Farr; que ignorou totalmente o pedido de perdão, afinal ela não estava pronta para perdoá-la.
Algum tempo depois... Hannah, insatisfeita com seu atual emprego, onde não podia dar opiniões do que apresentar em seu próprio programa, recebe uma proposta de emprego em Chicago. Mas, para conseguir a vaga, ela precisa enviar uma proposta totalmente inovadora para o novo programa de TV ao qual seria contratada.
E é aí que tudo começa. Hannah, então, lembra das Pedras do Perdão e sugere na proposta que ela faça um programa apresentando Fiona Knowles e o famoso repertório por trás das Pedras do Perdão e que falaria também como foi uma das primeiras a recebê-las e a perdoá-las e como continuou o ciclo perdoando sua mãe. O que – óbvio – não era verdade. Porém, Hannah não imaginou que a proposta fosse aceita. Hannah, então, sente-se pressionada a enfrentar seu passado, um passado que estava cheio de mágoa e culpa. Fora o medo de ser exposta aos seus fãs contando sobre seu passado.
“Algumas pessoas escondem sua vergonha como uma cicatriz, apavoradas com a ideia de que os outros ficarão horrorizados se ela for exposta.”
Viaja para Michigan a fim de reencontrar sua mãe e perdoá-la, mesmo que, no fundo, ela ainda não estivesse preparada para isso. Mas precisava perdoá-la, pois meses depois teria que apresentar um programa com Fiona contando como perdoou ambas e seria desagradável para ela mentir. Em todo o tempo, ela se pergunta se realmente estava fazendo aquilo apenas por um programa de TV e para aumentar sua audiência ou se era por ela mesmo e por todos esses anos que viveu sem falar com sua mãe.
Em todo o processo que ela passa para perdoar sua mãe, muitas coisas acontecem. Michael Payne, seu namorado, não aceita Hannah revirar seu passado e expor sua vida ao público e, com isso, a faz pensar sobre seu futuro com ele e em como ela priorizava muito mais as vontades dele do que a dela mesma.
“Não faça de alguém prioridade quando você não passa de uma opção para a pessoa.”
Hannah aprende, então, que é preciso perdoar para ser livre e ser verdadeiramente feliz consigo mesma.
“Até que despeje luz sobre aquilo que o envolve em escuridão, você estará sempre perdido.”
O livro é realmente muito bom para nos fazer refletir não apenas em como perdoar o próximo nos faz bem, mas como perdoar a nós mesmos. Trata sobre questões de amor próprio, em como a mulher deve valorizar e correr atrás do que acredita ao invés de ficar nas “asas” de alguém ou algo. Foi um livro cativante do começo ao fim. Que me fez refletir muito. É um misto de emoções a cada capítulo lido.
Engraçado que foi um livro que peguei para ler sem muitas expectativas e que me surpreendeu muito. Marquei com post-its várias partes que mexeram comigo de alguma forma – e foram muitas.
A autora trabalha com muita naturalidade, profundos questionamentos, que a personagem tem ao longo de cada acontecimento. Questões essas que muitos de nós temos. O livro me interessou muito por isso, você se sente ali na pele do personagem. As emoções passam a ser suas também. E acho incrível quando o autor consegue transpassar isso para o leitor. Confesso que não conhecia a autora, mas, com certeza, lerei mais livros dela.
Agora quero saber de você leitor(a) se já leu este livro, se gostou ou pretende ler um dia?!
Sua opinião é muito importante.
Beijos e até a próxima...
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